Áreas de intervenção
01.
Depressão
A depressão é um transtorno mental que se manifesta por alterações no humor, tristeza profunda, perda de interesse ou prazer nas atividades do dia a dia, sentimentos de culpa, baixa autoestima, perturbações do sono ou do apetite, cansaço constante, dificuldades de concentração e, por vezes, pensamentos suicidas. Os sintomas podem variar entre leves e graves. Pode surgir na sequência de situações como traumas, luto, uso de medicação forte, entre outros fatores.
02.
Ansiedade
A ansiedade é uma emoção natural que faz parte do nosso sistema de alerta, ajudando-nos a lidar com situações desafiantes ou de perigo. No entanto, quando se torna excessiva, persistente e desproporcional face ao contexto, pode evoluir para um transtorno de ansiedade. Nesses casos, pode manifestar-se através de insónia, dificuldades de concentração, dores no peito, falta de ar, palpitações, entre outros sintomas. A gravidade pode variar, afetando a vida pessoal, social, académica ou profissional. Entre as perturbações de ansiedade mais comuns estão os ataques de pânico e a perturbação de stress pós-traumático.
03.
Autoestima
A autoestima é a forma como cada pessoa se vê e se valoriza, podendo ser positiva ou negativa. Envolve aspetos cognitivos, emocionais e sociais, influenciando tanto o nosso comportamento como as nossas emoções. Ao longo da vida, diferentes experiências podem fortalecer ou fragilizar a nossa autoestima. Quando é afetada de forma negativa, é comum surgir o que chamamos de baixa autoestima, que se pode manifestar através de falta de confiança, autocrítica excessiva, sentimentos de culpa, pessimismo e preocupação constante com a opinião dos outros.
04.
Stress
O stress é uma resposta natural do nosso corpo e mente a situações desafiantes ou ameaçadoras. Embora nem sempre seja negativo — já que pode ajudar-nos a reagir e adaptar-nos —, quando é intenso ou prolongado, torna-se prejudicial. O stress manifesta-se frequentemente através de alterações fisiológicas, comportamentais e emocionais, colocando o corpo em estado de alerta. Entre os sinais mais comuns estão o aumento da frequência cardíaca e da tensão muscular, agitação, pensamentos negativos, ansiedade e nervosismo.
05.
Traumas
O trauma é um sofrimento emocional que resulta de um evento único e violento (por exemplo, acidente grave ou agressão) ou de exposição prolongada a situações de abuso ou perigo. Após o acontecimento, a pessoa pode reviver o trauma através de:
•Memórias intrusivas e involuntárias
•Flashbacks, como se o evento estivesse a acontecer novamente
•Insónias ou pesadelos
•Sensação súbita de medo ou pânico
•Evitamento de lugares, pessoas ou situações que lhe recordem o acontecimento
A intensidade do mal-estar varia de pessoa para pessoa. Em alguns casos, a dor emocional pode ser tão forte que parece impossível de gerir sem apoio.
Reconhecer estes sinais é o primeiro passo para procurar estratégias e ajuda que permitam recuperar o equilíbrio e a segurança.
06.
Dificuldades na regulação emocional
As emoções são reações naturais psicofisiológicas que nos ajudam a adaptar-nos ao ambiente. A regulação emocional corresponde ao conjunto de processos e estratégias que usamos para identificar, compreender e gerir as nossas emoções de forma equilibrada. Quando não dispomos dessas competências, surgem dificuldades na gestão emocional, nomeadamente:
•Incapacidade para reconhecer o que estamos a sentir;
•Reações intensas ou desproporcionais (por exemplo, irritabilidade ou explosões de raiva);
•Dificuldade em lidar com emoções negativas (ansiedade, frustração);
•Desânimo persistente e tendência a pensamentos pessimistas.
Estas dificuldades podem aumentar o risco de sintomatologia ansiosa ou depressiva e afetar o nosso bem-estar geral.